Nos Estados Unidos – para onde fugiu, pouco antes da posse de Luis Inácio Lula da Silva (PT) no Planalto – o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse claramente que seu governo “despertou muita coisa no Brasil”.
E nisso ele está prenhe de razão.
Ele falou aos direitistas americanos e brasileiros que foram ouvi-lo no evento Power of the People (Poder para o Povo), promovido pelo grupo de extrema-direita Turning Point, uma turma de supremacia branca.
E assim disse Jair:
“Creio que ao longo desses quatro anos meus como presidente da República, conseguimos despertar muita coisa no Brasil”.
Sem dúvidas nenhuma que despertou uma direita explícita e infecciosa. Despertou gente golpista e violenta, que a todo instante se expõe em estilo fascistoide, feito terroristas e milicianos.
Não só despertou como incentivou uma rede criminosa de traficantes e assassinos, que matam índios e defensores dos povos originários na região da Amazônia. A tragédia Yanomami é símbolo da organização criminosa.
Despertou o sigilo de 100 anos para as falcatruas no âmbito da gestão e das traquinagens no seio familiar, recheado de mansões adquiridas com dinheiro vivo, além das propinas em barras de ouro do garimpo ilegal.
Ainda despertou a sanha destruidora das políticas públicas e elevou a autoestima da idiotia apolítica, do estelionato bíblico, além da idolatria ao senhores sanguessugas do mercado financeiro, como bem disse recentemente um amigo tuiteiro.
Esse é o despertar, segundo Jair.