O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que retorna ao Brasil depois de ter se mandado dias antes do fim de seu mandato e a posse de Lula, retorna nesta quinta (30) ao Brasil. E já voltará irritado com as medidas de segurança.
Somente o esquema de segurança deve envolver ao menos 500 policiais na próxima quinta-feira (30) e a Esplanada dos Ministérios deve ser fechada.
Como são esperada de 5 mil a 10 mil pessoas para recepcionar Jair, o governo do DF decidiu fechar com barreiras a Praça dos Três Poderes e as imediações do aeroporto. Tudo para que os seguidores do ex-presidente não repitam os atos democráticos de 8 de janeiro, quando depredaram os prédios da Justiça, Legislativo e Executivo.
Agora, só terá acesso ao local quem for embarcar e apresentar o bilhete de viagem. Além disso, Bolsonaro não poderá desembarcar pela saída principal do aeroporto e terá de deixar a área de embarque por uma via lateral. Isso foi considerado uma tentativa de humilhá-lo.
Segundo Thapis Oyama, da Folha, Bolsonaro atribui ao ministro da Justiça, Flavio Dino, e ao PT, as iniciativas que, nas palavras de um aliado, se destinam a “tirar o doce” da sua boca.
O ex-presidente planejava uma chegada triunfal em Brasília.A ideia era repetir as cenas da campanha de 2018, em que multidões o aguardavam nos aeroportos e o aclamavam aos gritos de “mito”.
Depois de deixar o saguão, o plano do ex-presidente era falar aos seus apoiadores montado na caçamba de uma caminhonete. Bolsonaro crê que o governo do DF adotou as medidas de restrição por pressão de Dino e do PT.
Vale constar que sua mulher, Michelle Bolsonaro, também defende mudanças na chegada: ela não quer que o marido vá para casa assim que desembarcar em solo brasileiro.
A ex-primeira-dama diz recear aglomerações e tumultos diante do condomínio em que o casal agora irá morar. Por causa disso, Bolsonaro deve seguir do aeroporto para a sede do PL.