O Brasil voltou a registrar, de quarta para quinta, mais de mil novas mortes por causa da covid-19 em um intervalo de 24 horas. De ontem para hoje, foram 1.054 novos óbitos confirmados pela doença em todo o país, atingindo um total de 184.876 desde o início da pandemia.
A última vez na qual o país registrou mais de mil mortes confirmadas por covid-19 em 24 horas havia sido em 15 de setembro (1.090).
Nos últimos sete dias, a média de óbitos foi de 725, um aumento de 27% na variação de 14 dias. São 14 dias seguidos em que o Brasil apresenta alta na média móvel de mortes.
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 68.832 testes positivos para o novo coronavírus. É a segunda maior marca desde o começo da pandemia; o recorde é do dia 29 de julho (70.869). O total de infectados chegou a 7.111.527.
Quatro regiões registram aceleração nas mortes causadas pela pandemia: Sul (48%), Sudeste (22%), Centro-Oeste (21%) e Nordeste (21%). Somente a região Norte (13%) permanece estável.
Toque de recolher
Com o Brasil batendo recorde em número de mortes devido ao novo coronavírus, o Observatório Covid-19 BR defendeu medidas de restrições mais duras para interromper a tendência de crescimento da pandemia no país.
O Observatório Covid-19 BR é uma iniciativa independente de pesquisadores do Brasil e do exterior para disseminar descobertas sobre a nova doença.
O grupo é contra o funcionamento de restaurantes e academias, além de discordar da realização de festas e eventos neste momento.
“A diretriz básica seria o fechamento do comércio e serviços não essenciais. Eventualmente e localizadamente, pode ser necessária a decretação de toque de recolher noturno.”
As restrições, na opinião do grupo, têm que começar agora, antes do Natal, e seguir até ao menos meados de janeiro para uma reavaliação. Os especialistas ressaltam o distanciamento social como uma das ferramentas para evitar o contágio.
A defesa do grupo é para que as medidas sejam implementadas nas localidades em que haja tendência de crescimento da pandemia.