18 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Com limite de R$ 500, Onyx e Guedes confirmam saque no FGTS

Saques terão o limite por conta, mas serão proporcionais ao montante que o trabalhador tem depositado

O ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni , e o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmam saque do FTGS

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, confirmou na manhã desta quarta-feira, 24, o limite de 500 reais na liberação de saques das contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro disse que a medida vai injetar cerca de 30 bilhões de reais na economia brasileira neste ano e mais 10 bilhões de reais no ano que vem. O período para a retirada será de agosto de 2019 a março de 2020.

Os números são semelhantes aos de Paulo Guedes, ministro da Economia: este disse que seriam R$ 42 bilhões até o fim do ano que vem, com injeção de recursos na economia devendo somar R$ 30 bilhões neste ano e R$ 12 bilhões em 2020.

Limite

De acordo com Onyx, os saques terão o limite de 500 reais por conta, mas serão proporcionais ao montante que o trabalhador tem depositado. Ou seja, quem tem um valor na faixa dos 500 reais, não poderá sacar tudo, pois terá de respeitar a proporcionalidade elaborada pela Caixa.

Isso tudo será anunciada na tarde desta quarta, em cerimônia a partir das 16h no Palácio do Planalto. Onyx confirmou que dos 260 milhões de contas do FGTS, mais de 80%, ou 211 milhões, possuem saldo de apenas 500 reais.

A medida, de acordo com Onyx, deve ajudar até 96 milhões de trabalhadores e vem da preocupação do presidente Bolsonaro com os mais de 60 milhões de brasileiros endividados, que têm o nome sujo no Serasa.

Multa de 40%

Questionado sobre recentes comentários críticos do presidente Bolsonaro sobre a multa de 40% paga por empregadores a trabalhadores demitidos sem justa causa, o ministro afirmou que a regra, por enquanto, não será mudada, mas que concorda com Bolsonaro que há muitos encargos envolvidos.

“Para rever isso, vamos ter que mexer na questão estruturante. A questão deverá ser tratada na reforma tributária”. Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil.