A fuga de Jair Bolsonaro para os Estados Unidos deve ser encurtada. Isso porque o ex-presidente, que se mandou para os EUA antes mesmo do fim de seu mandato acabar junto com sua imunidade parlamentar, comunicou ao comando bolsonarista ligado ao PL que voltará ao Brasil.
Originalmente, o líder supremo do culto bolsonarista ficaria pelo menos um mês fora do Brasil, mas seus filhos convenceram ele do contrário: Eduardo e Flávio Bolsonaro acreditam que invasão à Praça dos Três Poderes por bolsonaristas radicais colocaria em risco a imagem do presidente fora do país.
Os filhos 02 e 03 temem que o pai seja extraditado ou expulso dos Estados Unidos, o que seria extremamente vexatório.
Pelo menos cinco deputados do partido democrata americano se manifestaram nas redes sociais nos últimos dias defendendo a extradição do ex-presidente.
Além disso, o senador Renan Calheiros (MDB) formalizou um pedido no STF para que Bolsonaro se apresente no país em 72 horas sob pena de ser preso. Bolsonaro não é investigado formalmente no inquérito das milícias digitais, aberto a partir do inquérito dos atos antidemocráticos.
Assim, politicamente, seria melhor que Bolsonaro volte pelas próprias pernas, ainda que corra o risco de acabar recebendo aqui uma ordem de prisão, que, acredita o comando bolsonarista, seria rapidamente revogada.
Melhor aqui
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, prometeu a Bolsonaro bancar seus custos com advogados e já colocou à disposição do ex-presidente uma banca de cinco profissionais liderada por Marcelo Bessa.
Outro argumento apresentado pelos filhos de Bolsonaro para convencer o pai a retornar ao Brasil foi de que os ataques terroristas de 8 de janeiro fortaleceram Lula e enfraqueceram o bolsonarismo.
O ex-presidente precisaria voltar ao país para “reorganizar a oposição antes que Lula acabe com ela”, como afirmou um integrante do PL.
Bolsonaro afirmou à CNN que pretende voltar ao Brasil para resolver aqui seus problemas de saúde.