20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Combate ao fake news rachou TSE e STF

Weber convidou apenas dois ministros para encontro com coordenadores das campanhas do 2ª turno

O TSE perdeu para as fake news. Os Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) avaliam que falharam na missão de coibir as notícias falsas, durante a eleição e tudo piorou nesta quinta-feira, com a denúncia de Caixa 2 de Bolsonaro, que financia notícias contra o PT pelo Whatsapp.

Neste mesmo período, magistrados acusam a presidente do TSE, Rosa Weber, de pouco jogo de cintura ao lidar com a situação e com os próprios colegas. A ministra marcou reunião com os coordenadores das campanhas dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), mas não prestigiou a mesma com presença de colegas.

Ela convidou apenas dois ministros para o encontro: Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, que são também, como ela, integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal). Os outros magistrados, que integram também outros tribunais ou que representam a advocacia, foram preteridos.

Nem mesmo os magistrados responsáveis por analisar processos de propaganda eleitoral foram para o encontro. As reações dos que ficaram de fora foram de perplexidade de de abandono. Entre paredes, alguns dos ministros acreditam que ela revelou preconceito e que “não existem castas de ministros no TSE. O barco, se um dia afundar, leva todos os magistrados juntos”.

Falhou

O candidato do PT, que já foi acusado até de distribuir mamadeiras eróticas, chegou a propor um acordo com o adversário. Bolsonaro o chamou de “canalha” e disse que também é vítima de mentiras. Como a de que aumentará o imposto para os mais pobres. Como podem ver, dois pesos e duas medidas…

Os Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) avaliam que falharam na missão de coibir as notícias falsas, durante a eleição. A comissão criada pelo ex-presidente da Corte, Luiz Fux, para combater as fake news se mostrou completamente inútil.

Uma ação recente, a retiradas de vídeos sobre kit gays do candidato Jair Bolsonaro (PSL) demorou tanto que não foi nada efetiva. A mentira já foi comprada como verdade, meses antes de agirem contra ela.

Ele, aliás, acreditam que é tarde para uma providência efetiva contra as mentiras. Tem que ficar para as próximas eleições.

Diante das cobranças por uma ação mais incisiva de combate às fake news, ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) têm repetido um mantra: é preciso agir com cautela e respeito à liberdade de expressão, e, nos casos em que a notícia falsa atingir candidatos, somente se a Justiça for provocada, para não ser acusada de partidarismo.