Por Dyego Barros
Visitando a Arena Batistão, o Fogão perdia para o Sergipe, por 1 a 0, até os 54 minutos da etapa complementar, em sua partida de estreia na Copa do Brasil. A duras penas, os donos da casa tentavam resistir às investidas finais do alvinegro carioca, para sustentarem o resultado que, além da classificação à segunda fase da competição, renderia uma premiação milionária aos cofres da equipe de Aracaju.
Eis que, no apagar da luzes, quando o tempo acrescido pelo árbitro Bráulio Machado de Carvalho já havia se esgotado, uma sequência de escanteios em favor do Glorioso resultou no gol do zagueiro Adryelson, para a festa dos botafoguenses, que possuíam a vantagem do empate.
Alegria de um lado, revolta do outro
Ao apito final, o trio de arbitragem foi cercado por dirigentes e integrantes da comissão técnica do Colorado, indignados com a extensão dos acréscimos. Entre socos e pontapés distribuídos, Bráulio e os assistentes Alex do Santos e Henrique Neu Ribeiro, tentavam se proteger. Completamente desnorteado, o presidente do Sergipe, Ernan Sena, não se conteve nem após a entrada da tropa de choque no gramado. Em meio à confusão, Sena foi atingido por um dos bandeirinhas e teve o supercílio cortado.
Ao tentar se dirigir aos vestiários, Luís Castro também foi perseguido por torcedores que invadiram o campo. Protegido pelos seguranças do Botafogo, o técnico português parecia bastante assustado.
Semelhante às cenas costumeiramente vistas na “várzea”, os episódios de violência ocorridos depois da partida devem complicar a vida do clube sergipano – concorrente do CSA no Grupo B da Copa do Nordeste – perante os tribunais desportivos.
Classificação na bagagem
Livre do tumulto e com a classificação na bagagem, o time da Estrela Solitária retorna ao Rio de Janeiro, onde enfrenta o Resende, pelo Campeonato Carioca, no domingo (05). Já pela Copa do Brasil, o próximo desafio será diante do Brasiliense, que se classificou ao empatar, também por 1 a 1, com o Athletic Club, de São João del-Rei-MG.