Operações conjuntas de busca e apreensão de materiais, realizadas pelo Ministério Público Eleitoral, Polícia Federal e Polícia Civil, sobretudo, na última semana que antecedeu o pleito do dia de hoje, indicam a ligação de candidatos com crimes e infrações eleitorais .
Neste domingo, o eleitor, além de votar, também pode contribuir para a lisura do processo eleitoral denunciando qualquer indício de ilícito, presencialmente, na Junta Eleitoral próximo ao local de votação; na Promotoria de Justiça Eleitoral; na Polícia Civil, e também virtualmente pelos aplicativos Pardal, do TSE, e SAC, do Ministério Público Eleitoral, ou pelo próprio site dessas instituições.
De fato, os tempos mudaram, e cada vez mais o método de campanha política vai se distanciando do antigo corpo a corpo entre candidato e eleitor, para se fazer nos palanques virtuais. Vantagens para todos? Em alguns aspectos, sim: a internet e suas redes sociais encurtaram a distância entre esses dois importantes agentes do processo eleitoral e democratizaram o espaço para que todos os candidatos, do menor ao maior partido, possam se apresentar ao eleitorado, manifestar e defender suas ideias de maneira igualitária.
Porém, há outro lado nessa questão: a divulgação de falsas notícias – chamadas fake news – com conteúdos difamatórios e a clara intenção de prejudicar este ou aquele candidato, também ganhou terreno fértil nesse mesmo campo virtual.
E o resultado está no volume crescente de denúncias recebidas pelas polícias Federal e Civil, pelo Tribunal Eleitoral e pelo Ministério Público, sobre supostos crimes ou ilícitos praticados durante o período da campanha, pelas redes da internet. Desde brincadeiras sem noção, propaganda irregular, até graves e criminosas publicações extremamente prejudiciais aos candidatos.
Contudo, em entrevista à TV Cidadã, do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, a procuradora regional eleitoral, Raquel Tenório, informou que o aumento dos crimes e ilícitos virtuais relacionados ao pleito eleitoral não eliminaram, também, os velhos vícios da campanha corpo a corpo, e têm sido fartas as denúncias sobre compra de votos, cadastro de eleitores e outras manobras que ferem principalmente a democracia.
Confira a da aqui a entrevista da procuradora regional eleitoral, Raquel Tenório.
(Graça Carvalho, com a colaboração da TV Cidadã)