29 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Dallagnol organizou ataque de procuradores a ministro Dias Toffoli

Fatos foram revelados pelas mensagens da “Vaza Jato” do The Intercept

Dallagnol perseguiu ministro do STF e a mulher para denunciar na Lava Jato

O jornal Folha de S. Paulo traz nesta quinta-feira, 1º, novas  revelações do site The Intercept Brasil que mostram como o procurador Deltan Dallagnol estimulou ataque ao presidente do STF – Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.

De acordo com as mensagens veiculadas pelo site e reveladas pela Folha, em  2016, Dallagnol incentivou colegas em Brasília e Curitiba a investigar o ministro. Naquela, época – diz o jornal,  Toffoli era visto pela Operação Lava Jato como um adversário disposto a frear seu avanço.

Deltan, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, buscou informações sobre as finanças pessoais de Toffoli e sua mulher e evidências que os ligassem a empreiteiras envolvidas com a corrupção na Petrobras.

No dia 13 de julho de 2016, Deltan fez uma consulta aos procuradores que negociavam com a empresa.  “Caros, a OAS touxe a questão do apto do Toffoli?”, perguntou no grupo que eles usavam no Telegram. “Que eu saiba não”, respondeu o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes, de Brasília. “Temos que ver como abordar esse assunto. Com cautela.”

O fato remete não apenas a mais uma ilegalidade do procurado Dallagnol e colegas deles na Lava Jato, mas também uma perseguição a possíveis a homens a justiça que não estavam afinados com os descalabros do justiçamento dos procuradores em conluio com o então juiz Sérgio Moro, fatos agora revelados pela “Vaza Jato” do The Intercept.

Pelo que estabelece a lei, ministros do STF não podem ser investigados por procuradores da primeira instância, como Deltan e os demais integrantes da força-tarefa.

Contrariados – Duas decisões de Toffoli no STF tinham contrariado interesses da força-tarefa nos meses anteriores a julho de 2016. Ele votara para manter longe de Curitiba as investigações sobre corrupção na Eletronuclear e soltara o ex-ministro petista Paulo Bernardo, poucos dias após sua prisão pelo braço da Lava Jato em São Paulo.

Os procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Diogo Castor de Mattos, da força-tarefa de Curitiba, chegaram a criticar Toffoli num artigo publicado pela Folha no início de julho, em que compararam a soltura de Bernardo a um duplo twist carpado, por causa da “ginástica jurídica” usada para justificar a decisão.

One Comment

  • Avatar veronica ferreira lima

    É um vigarista desprovido de caráter, sem ética, nem respeito as leis, que enganou os idiotas do País

Comments are closed.