7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Do próprio veneno: Até o MBL é chamado de “comunista” por bolsonaristas

Movimento precisa corrigir fake news e negar sua participação; Manifestação de domingo tende a contar apenas com extrema direita ou apoiadores fervorosos do presidente

Kim Kataguiri, do MBL, é mais um que pulou do barco e não concorda nomes do governo, como Eduardo Bolsonaro e Marcos Feliciano

Parece que o jogo virou e a “lista de comunistas” foi atualizada, desta vez com a inclusão do Movimento Brasil Livre. Tudo porque o Líder do MBL, deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) diz que o presidente Jair Bolsonaro errou ao pregar discurso de demonização da política.

Ao afirmar que presidente adota o mesmo tom radical que seu filho, o vereador Carlos, usa nas redes sociais e criticar as convocações para as manifestações de domingo (26) “em defesa do governo” , ele passou a ser chamado de “comunista” nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro.

Curiosamente, um dos nomes mais ativos durante os protestos a favor favor do impeachment de Dilma Rousseff, diz que este público é o mesmo “radical” que foi às ruas também pedindo intervenção militar. Curiosamente, o movimento precisa é corrigir as fake news nas redes sociais, em uma triste ironia do destino, negando sua participação.

O Vem pra Rua chegou a ser procurado para se envolver na convocação de domingo, mas se retirou quando notou “o absurdo que eram as pautas”, segundo Adelaide Oliveira, coordenadora nacional.

O protesto já não terá adesão do Vem Pra Rua e NasRuas, além do MBL, principais grupos que lideraram os atos pelo último impeachment.  Janaína Paschoal, também um símbolo, já pede até “pelo amor de Deus” que não ajudem neste domingo:

O MBL de Kim não aparecerá mais na mesma foto com Bolsonaro

Nem Bolsonaro vai

Após ser criticado por políticos da esquerda e até mesmo da direita, inclusive de dentro do governo, o  presidente Jair Bolsonaro decidiu não participar das manifestações e orientou seus ministros a também não comparecerem. A informação é do porta-voz presidencial, o general Otávio Rêgo Barros.

Bolsonaro chegou a considerar comparecer ao ato, chamado por apoiadores para se contrapor às manifestações do último dia 15 contra bloqueio nos recursos para a Educação, mas nesta terça-feira o presidente recomendou aos ministros sua esquiva da data. Apesar disso, ele disse que os mesmos “não deveriam ir como ministros”.

Figurinha carimbada na avenida Paulista quando aconteciam os maiores protestos do país pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a Fiesp não vai participar da manifestação. Nem ela, nem seu pato amarelo inflado.

Os filhos do presidente, especialmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, têm defendido as manifestações. Marcos Feliciano (PSC-SP), um dos líderes do governo, é mais um que defende a manifestação do domingo.

Mas o ato encontrou divergência dentro do próprio partido de Bolsonaro, o PSL, incluindo Janaína Paschoal e o presidente do partido, além de grupos agregadores importantes, como o Movimento Brasil Livre (MBL).

Além de perigar pressionar os partidos do chamado centrão (partidos como DEM, PSD, PTB, PP e PR), o presidente nacional da sigla teme que surjam bandeiras que não são abraçadas pelo PSL ou pelo governo, como a da intervenção militar. Apesar disso, em Alagoas, o deputado Cabo Bebeto (PSL) convocou apoiadores.

 

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O meu voto tem que ser RESPEITADO! ⠀ ⠀ ⠀ ?⠀ #CaboBebeto #DeputadoEstadual #Alagoas #VamosJuntos #AlagoasMaisForte

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