Em 2014 o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por teria recebido valores indevidos pela Construtora Norberto Odebrecht, do grupo Odebrecht, para a sua campanha eleitoral. E a investigação deste caso pode ganhar mais 60 dias.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação do inquérito por mais dois meses.
O próprio Gilmar havia arquivado um processo contra o senador em outubro deste ano. No caso, o mensalão do PSDB. Neves, que resolveu se candidatar como deputado federal, pois temia perder a reeleição e, portanto, a imunidade parlamentar, terá ainda que lidar com investigações.
Raquel Dodge solicitou a Gilmar Mendes a prorrogação do prazo por considerar que existem diligências pendentes e necessárias ao encerramento das investigações. Ela afirma que é necessária a realização de uma perícia no documento original do contrato firmado entre a Construtora Norberto Odebrecht e a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda com a data retroativa de 15 de janeiro de 2014.
Delação
De acordo com delatores, os pagamentos teriam sido feitos por meio de contratos fictícios firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda. Aécio nega as acusações.
O advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o tucano, disse que o inquérito segue o ritmo normal e o “aprofundamento das investigações vai comprovar a absoluta correção de todos os atos do senador Aécio Neves, assim como da prestação de contas da campanha presidencial de 2014”.