20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

DPU vê com preocupação crime da Braskem e especulação imobiliária em Milagres

Deputado relata situação difícil de hospital psiquiátrico no Pinheiro e de crimes ambientais no litoral norte

Paulão faz relato aos Defensores Públicos da União, Igor Roque e Isabella Simões sobre Braskem e Milagres.

A Defensoria Pública União (DPU), em Brasília, passou a ver com outros olhos o maior crime ambiental do mundo, causado pela mineradora Braskem, em Maceió.

A tragédia alagoana foi debatida pelo deputado federal Paulão (PT-AL) e os defensores Igor Roque e  Isabella Simões.

Segundo o deputado, Igor Roque, que é um dos cotados para assumir a DPU, ficou estarrecido com a situação dos bairros afundados pela Braskem.

Uma das questões em análise foi o fechamento dos hospitais psiquiátricos nas regiões afetadas, principalmente o Hospital Portugal Ramalho, instalado na região do bairro do Pinheiro, em Maceió, o único em funcionamento.

De acordo com Paulão, os relatos de servidores do hospital é que as rachaduras das paredes do prédio são ameaças constantes de desabamento, mas que até agora a Braskem não se incomodou com a situação.

“Pedimos a DPU para entrar no caso. O que todos querem é que a empresa causadora do desastre compre o terreno já escolhido pelo hospital e inicie a construção do novo Portugal Ramalho, fora da área de afundamento”, disse o deputado.

Rota dos Milagres

Paulão destacou ainda que uma de suas pautas para análise do Departamento do Patrimônio da União (DPU) foi o avanço desordenado da especulação imobiliária no litoral norte do Estado, principalmente entre São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras.

Observou que há uma série de denúncias de áreas sendo invadidas, privatização de praias e agressões desmedidas ao meio ambiente, sem que os órgãos de fiscalização deem respostas em tempo hábil nesses casos na área litorânea.

O debate, disse o deputado, girou em torno de pontos para análises do DPU que demonstrou muita preocupação com todas essas situações envolvendo esses dois casos em Alagoas.

 

 

 

One Comment

  • Além do litoral norte em toda a extensão da chamada costa dos corais entre Pernambuco e Alagoas é preciso ficar de olho nos novos alvos da agressiva especulação imobiliária: os cânions do Rio São Francisco e, como novidade recentíssima, a Foz do Velho Chico. Além de combater a impunidade gritante em relação aos crimes ambientais característicos desse processo é urgente a realização do zoneamento costeiro e a retomada em grande escala da governança ambiental antes que a sanha incontrolável do turismo de arrasto e do capital imobiliário esquartejem literalmente a costa alagoana.

Comments are closed.