2 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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É preciso dialogar! O combate às endemias requer pressa e continuidade

Sem acordo com a Prefeitura, agentes de saúde paralisaram desde esta terça-feira (17) em defesa do piso salarial

A situação não está nada boa no combate a doenças endêmicas em Alagoas. Os números mais recentes do boletim epidemiológico – divulgado no último dia 11, pelo Ministério da Saúde –  são preocupantes. Apontam que Alagoas teve o maior aumento de casos prováveis de chikungunya em 2019, e já registrou, só esse ano, mais de 30 casos de zika em gestantes no estado.

No entanto, faltou acordo entre a gestão municipal de Maceió e os agentes de saúde, sobre a implantação do piso salarial nacional, levou a categoria à paralisação geral, na capital alagoana. Definida na sexta-feira passada, num ato conjunto do Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas (Sindacs-AL) e Movimento Unificado dos Agentes de Saúde de Maceió, logo após mais uma tentativa de avanço nas negociações, o anunciado consolidou-se. Os agentes estão em greve desde a manhã desta terça-feira. E por tempo indeterminado.

.A queixa das entidades é porque a prefeitura de Maceió não vem cumprindo a Lei Federal nº 13.708/18, que estabelece a implantação do piso salarial nacional para agentes de saúde e de combate às endemias em todo o Brasil. Eles recebem valores abaixo do praticado nacionalmente – R$ 1.250,00 – segundo o Sindacs-AL. Alguns estão praticamente na faixa de um salário mínimo.

O presidente do Sindicato, Fernando Cândido, diz que a categoria deu todas as demonstrações de flexibilidade, mas as negociações com a Prefeitura não avançaram. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Gestão (Semge) informou que “a implantação do piso para os agentes de combate a endemias está sendo discutida”. Falou também que “tem dialogado com a categoria sobre o assunto, fazendo simulações de impacto financeiro“.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que já está traçando novas estratégias para garantir a continuidade das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. E que “o programa vai continuar funcionando, com frentes de trabalho atuando especificamente sobre as áreas que apresentam os maiores índices de infestação do mosquito, em cada um dos oito distritos sanitários da Capital, minimizando os riscos para a população.

É preciso SIM, dialogar! E avançar no caminho do entendimento, em nome do bem estar coletivo.

E é preciso ter pressa nisso. Chegar a um acordo que garanta a continuidade do trabalho dos agentes de saúde. Eles são imprescindíveis no combate às endemias. E precisam de dignidade