A Polícia Civil da Bahia, estado governado pelo presidente do Consórcio Nordeste, prendeu três pessoas ligadas à empresa Hempcare, que se apresentava como revendedora dos produtos, e que integrariam uma quadrilha especializada em estelionato e fraudes na venda de equipamentos hospitalares.
A operação Ragnarok cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Além dos mandados, foram solicitados bloqueios de contas, busca e apreensão, para garantir a recuperação do dinheiro.
O Consórcio Nordeste comprou 300 respiradores durante a pandemia do novo coronavírus e Alagoas foi um dos estados lesados pela quadrilha.
Segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), nesta segunda-feira (1), Alagoas deveria receber 30 respiradores, e agora aguarda o ressarcimento de R$ 4 milhões.
Foram pagos, pelo Consórcio, R$ 48 milhões em aparelhos que não foram distribuídos aos estados da região e o dinheiro não foi devolvido. A empresa falsificou um “contrato” com a China para a compra dos equipamentos.
A Polícia Civil da Bahia suspeita que as empresas HempShare e Bioenergy usariam a quantia paga pelo Consórcio Nordeste na produção de respiradores não autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ou seja, irregulares.
Ainda de acordo com as investigações, a empresa tentou negociar de forma fraudulenta com vários setores no país, entre eles os Hospitais de Campanha e de Base do Exército, ambos em Brasília.