Uma amiga que foi à Argentina me contou que os moradores do país vizinho, no geral, escolhem uma refeição para fazer durante o dia. As outras são substituídas por lanches. Comida é coisa cara.
Quando estive em Belo Horizonte, conheci um jovem que me falou que a região de Buenos Aires (a nobre) ainda respira, mas que um pouco mais adiante a miséria grita.
A situação econômica, lá, não é boa. O peso só cai, as bolsas seguem no vermelho e o risco-país está no céu.
No desespero, os argentinos escolheram o suicídio: elegeram um liberal para a Presidência. Esse povo não gosta de pobre, privilegia o econômico sobre o social.
Temo pelo Brasil. Vejam a reforma da Previdência e o fantasma do modelo de capitalização, que está dizimando idosos nos países onde foi aplicado. No entanto, os banqueiros comemoram lucros cada vez mais estratosféricos.
Aqui, o presidente que não se curva ao mercado financeiro e não atende às expectativas do capital, cai fora. “Sem reforma, nós vamos ficar como a Argentina”, disse Bolsonaro, que claramente senta, deita e rola para essa gente.
E o povo? Os mais pobres, maiores prejudicados com as peripécias liberalóides, se autodeclaram de direita porque têm mais medo de serem “obrigados a virarem gays” pela esquerda do que da perda de direitos e da dignidade.
Ponto para o conservadorismo.