Neste domingo, a partir das 8 horas, mulheres alagoanas vão realizar, um Protesto de Cruzes, na orla de Maceió, por trás do totem ” Eu amo Maceió”, na Ponta Verde. O ato está sendo convocado nas redes sociais pelo Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM)e pelo Movimento Olga e integra uma mobilização nacional que busca chamar a atenção para as mortes de 299 mulheres brasileiras ocorridas este ano.
Além do fincamento simbólico das cruzes na areia, as organizadoras do evento também querem aproveitar a oportunidade para realizar uma uma roda de conversa sobre feminicídio e panfletagem sobre o assunto. Dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos e da Mulher,em Alagoas, em recente matéria publicada pelo site OP9 dão conta de que, este ano, foram registrados 16 feminicídios no estado. Subnotificação? Ou já um indício de que as mulheres alagoanas estão denunciando mais e, por isso, facilitando a prevenção?
Só embrando, feminicídio é o homicídio doloso praticado contra a mulher por “razões da condição de sexo feminino”. A pena de reclusão é de 12 a 30 anos, conforme prescrita a qualificadora do crime no Código Penal (§ 2º, do Art.121). Nesse tipo específico de homicídio, o que é levado em conta é o desprezo, menosprezo, enfim, a afronta a dignidade da vítima enquanto mulher.