Fernando Feriado, vereador paulistano, não sabe o que quer. Autoproclamado gay, negro e favelado, ele tem como principais projetos o fim do Dia da Consciência Negra e das cotas para minorias.
Ele é dessa turma da direita arrombada que classifica a luta contra o racismo e a homofobia como “vitimismo” e “mimimi”.
Não é que agora Feriado vai à Corregedoria da Câmara de Vereadores de São Paulo, ao Ministério Público e à Justiça contra o vereador Camilo Cristófaro (PSB-SP) por racismo, após ter sido chamado de “macaco de auditório?”.
De acordo com o dicionário Aurélio, macaca-de-auditório “é a mulher entusiasta de cantores de rádio ou de televisão e que frequenta os programas de auditório”.
Contextualizando, a declaração de Cristófaro foi a seguinte:
“Gostaria de falar que, lamentavelmente, o senhor Fernando Holiday usa das redes sociais, que ele é o grande macaco de auditório das redes sociais, que ele usa dando risada dessa Casa, explodindo as redes sociais, porque a população adora ver sangue, maldade, mentira, fake, onde ele acusa os seus colegas de vagabundos”, disse Cristófaro.
Olha a resposta de Fernando Feriado:
“Eu vi como um ataque racista disfarçado, porque ele claramente queria me chamar de macaco e coloca o termo “de auditório” como se estivesse se referindo a uma expressão popular, mas que fica completamente sem sentido naquele contexto. O termo usado ali só faz sentido como uma ofensa racista”, afirmou Fernando Feriado, ao site da revista Época.
Estranho esta reação. Fernando Feriado passa pano para a galera que nega o racismo e acusa os negros – historicamente excluídos – e outras minorias de se fazerem de vítimas para conquistarem benefícios por parte do Estado.
Pior que muitos pensam assim. Já vi na rede social de um homem negro que conheço desde a infância a alegação de que o racismo foi inventado pela esquerda para nos dividir e governar. A prova de que o Brasil nunca foi racista? Glória Maria já apresentou o Jornal Nacional. Ai, meus sais!
No que depender desta galera, Feriado está fazendo história. Este seria o primeiro caso de racismo em um país que nasceu com a vocação escravocrata. É mole?