A deputada Flávia Cavalcante (PRTB) quer a inclusão de pessoas com fibromialgia nas filas preferencias em estabelecimento públicos e privados, nas vagas de estacionamento especiais e também a inclusão do símbolo mundial da fibromialgia nas placas ou avisos de atendimento prioritário no Estado de Alagoas.
Projeto neste sentido encontra-se em tramitação nas Comissões Temáticas da Casa. De acordo com a matéria, a identificação dos beneficiários, caso a lei seja aprovada, se dará por meio de carteirinha expedida gratuitamente pela Secretaria de Estado da Saúde.
A parlamentar, que é portadora de fibromialgia (síndrome que provoca dores por todo o corpo por longos períodos) justifica a propositura apresentando dados dando conta que a doença atinge cerca de 3% da população brasileira, sendo que de cada 10 portadores, oito são mulheres. Portadores da doença afirmam a que as dores se assemelham a “agulhas atravessando a carne”.
“Apesar dos números a síndrome é pouco conhecida pela população. (…), quem vive com a síndrome sente dores por longos períodos de tempo. Infelizmente a fibromialgia ainda não tem cura e o tratamento é multidisciplinar para o auxílio no alívio das dores”. Flávia Cavalcante, deputada estadual (PRTB).
Relato de dores
A fibromialgia foi tema do pronunciamento da deputada na sessão do dia 12 de junho, no plenário da Assembleia Legislativa. “É uma doença pouco conhecida, mas que atinge de 2% a 10% da população brasileira e, em cada 10 portadores, oito são mulheres”, afirmou.
A doença é uma síndrome que provoca dores por todo o corpo da pessoa por longos períodos, causando sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. A deputada revelou que é portadora da síndrome e conhecedora de seus sintomas e que está procurando meios de ajudar os fibromiálgicos do Estado.
“Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. Não se sabe a razão porque as mulheres são mais afetadas. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres antes e depois da menopausa”. Flávia Cavalcante
Com o objetivo de divulgar ainda mais a doença, a deputada destacou outros sintomas, como fadiga – onde a pessoa já acorda se sentindo cansada, mesmo que tenha dormido por muitas horas -, problemas de memórias, concentração e digestivo, além do inchaço nos joelhos, mãos e pés.
“Sou portadora de fibromialgia há 10 anos, mas demorei quase três para ser diagnosticada. Sentia muitas dores no corpo, passei por vários médicos, cada um apontava um problema diferente. Cheguei a tomar, por quase dois anos, 12 comprimidos por dia, o que acabou me causando uma úlcera”. Flávia Cavalcante.