Os militares que participaram dos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, vão ter que responder por seus crimes no Supremo Tribunal Federal (STF)
Isso por que a decisão monocrática do ministro do STF, Alexandre de Moraes, sobre a competência da Corte de julgar militares envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro é apoiada pelo próximo presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Francisco Joseli Parente Camelo.
Em entrevistas a veículos de imprensa, ontem, ele elogiou o posicionamento do magistrado e destacou que a determinação está bem amparada constitucionalmente.
“Li e reli a decisão do ministro Alexandre de Moraes e entendi que está muito bem fundamentada. Não vejo, no geral, que tenham sido crimes militares”, declarou o futuro presidente do STM.
“Crimes cometidos por militares serão considerados crimes militares se forem contra o patrimônio que esteja sob administração militar ou contra a ordem administrativa militar. Não vejo que houve isso”, ressaltou o ministro, que assume o STM no próximo dia 16.
Camelo afirmou que a decisão de Moraes não significa uma afronta entre os tribunais e frisou que a postura do magistrado foi correta.