Após a volta da tributação federal nos combustíveis, nesta quarta-feira (1º), o preço do litro da gasolina chegou a custar até R$ 5,99 em Maceió.
O aumento do preço provocou uma corrida dos consumidores aos postos de combustível, que ainda ofertavam a tabela anterior por tempo limitado – sendo vendida até durar o estoque.
A Petrobras até reduziu em R$ 0,13 o litro direto nas refinarias, mas na capital houve aumento de até R$ 0,60 no litro da gasolina. O governo Lula esperava uma alteração média de R$ 0,47.
O Sindicombustíveis-AL, sindicato que reúne os postos, divulgou a seguinte nota:
“O Sindicombustíveis-AL informa que sempre foi favorável à desoneração dos impostos dos combustíveis. A entidade, porém, compreende a preocupação do Governo Federal com a arrecadação tributária e vê como positiva a cobrança dos impostos não terem retornado em sua totalidade, ou seja não retomar aos patamares anteriores à desoneração.
Ressaltamos que a flexibilização da carga tributária sobre os combustíveis é um pleito antigo da categoria, uma vez que o cenário de combustíveis com preços mais baixos aumenta o consumo, consequentemente, os postos de combustíveis precisarão de menos capital de giro; reduzindo, também, a concorrência desleal, já que os produtos com impostos reduzidos diminui a atratividade para o sonegador.”
Oneração
A partir de 1º de março, as cobranças de PIS e Cofins sobre gasolina e etanol voltaram a valer, ainda que em percentuais diferentes aos anteriores à medida de Bolsonaro. Antes da desoneração, os valores cobrados eram de até R$ 0,69 por litro da gasolina e de R$ 0,24 por litro de etanol.
Para compensar, a Petrobras reduziu em 3,93% o preço médio da gasolina vendida para as distribuidoras e de 1,95% no preço do diesel. Os novos preços chegam para compensar a retomada da cobrança de impostos federais sobre os combustíveis.
Com estes cortes, a gasolina vai ser vendida a R$ 3,18 (queda de R$ 0,13 por litro) e R$ 4,10 o diesel (queda de R$ 0,08).
Sem a isenção, a gasolina deve aumentar em R$ 0,69 por litro nos postos, calcula a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).(queda de R$ 0,08).
Isso permitiria uma arrecadação anual de R$ 28 bilhões, sem que a receita federal sofra novas perdas.