3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

General do Clube Militar defende fusão de Alagoas e Sergipe

Barbosa compara caso com Guanabara e Rio de Janeiro; “Eu estou aqui produzindo, aquele lá está só gastando”; Cotas também devem acabar, assim como a licença maternidade de 4 meses

O general da reserva Eduardo José Barbosa, presidente do Clube Militar, através do documento “Por Um Brasil Melhor” defendeu propostas para o país, como a fusão de Alagoas e Sergipe em um Estado só. “Para que ter dois estados pequenininhos?”, questiona ele.

Com o crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial, o Clube Militar voltou a se posicionar após de muitos anos ausente na política nacional. Entre críticas ao Judiciário, empresários e políticos, o documento se mostra favorável a  um novo sistema eleitoral, fim das cotas de estabilidade de funcionários públicos.

Claro, outros privilégios devem ser reduzidos, como a licença-maternidade de quatro meses. Um mês e meio seria suficiente. “A empresa tem que fornecer serviço de creche. Aí a mãe leva o bebezinho para trabalhar. E, no horário da amamentação, ela sai do trabalho e amamenta a sua criança, e assim vai”. Trágico.

Vale lembrar que este manifesto foi, inicialmente, uma proposta do general da reserva Hamilton Mourão, hoje vice de Bolsonaro e ativamente contrário ao 13º.

Fusão

O general Barbosa defende que estados com menor arrecadação e grandes gastos deveriam ser fundidos para reduzir despesas. Alagoas e Sergipe foram sugeridos para uma possível fusão.

“Lembra quando fundiram o estado da Guanabara e fundaram com o do Rio. Perfeito. Sou carioca e achei ótimo”, diz Barbosa. Ele se mostrou bem irritado com a força de senadores nestes estados, se comparados com os que produzem mais.

“Um estado pequeno também tem um governador, tem uma assembleia. Quando você tem esses penduricalhos, você tem um gasto público imenso. Gasta muito com o que? Com política”, sintetiza ele.

“Quando você tem estados muito pequenos com pouca população, que tem a mesma força de votação de um estado que é grande, grande arrecadador para o desenvolvimento nacional, como você pode ter uma igualdade de votação e de peso? Peraí, eu estou aqui produzindo, aquele lá está só gastando”, complementa ele. Realmente, grandes mudanças podem vir nos próximos anos.