Gente que não gosta de pobre, tem ódio a pobre, vive todo o tempo a discriminar os moradores de áreas vulneráveis, como grotas e favelas do País.
Pois essa gente bem que poderia ter assistido ao pronunciamento do ministro da Justiça, Flávio Dino, ontem, terça-feira, 28, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
O ministro foi ridicularizado, dias atrás nas redes sociais, e acusado de ter vinculação com bandidos do PCC, apenas por ter ido em uma atividade que o cargo lhe faculta na Favela da Maré, no Rio de Janeiro.
No curso da histeria ideológica, sem noção e desrespeitosa, essa gente associou o ministro ao crime exatamente por que ele foi à favela.
Isso mostra mostra o lado nocivo, falacioso e irresponsável dessa horda que prejulga, rotula e discrimina de forma descarada.
Para essa gente o ministro lembrou que nas favelas, nas grotas e nas regiões vulneráveis do País habitam seres humanos, gente simples, humilde e carente de políticas públicas.
Mas, gente cruel e estúpida só enxerga traficantes.
E foi aí que Flávio Dino ensinou aos parlamentares da exclusão social:
-A Maré tem 140 mil habitantes, é o nono bairro mais populoso do Rio de Janeiro, tem 44 escolas públicas, unidade de saúde, orquestra, museu, escola de dança, companhia de teatro, igreja, rodas de samba e um montão de ONGs e movimentos sociais atuando ali. Vocês acham mesmo que essas pessoas todas são traficantes?
Depois do ministro, deu-se então, o silêncio dos retardados.