A partir deste sábado, 31, o consumidor brasileiro que for à farmácia vai encontrar os remédios mais caros. O governo Temer autorizou o reajuste nos preços dos medicamentos na ordem de 2,84% para vigorar já nesta data.
O aumento está publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) de ontem em resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) destacou em nota que, pelo segundo ano consecutivo, o reajuste dos medicamentos ficou abaixo do esperado. De 2013 a 2017, afirma a entidade, a taxa acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 36 48% ante 32,51% dos reajustes médios autorizados pelo governo para remédios.
“A indústria farmacêutica tem conseguido segurar seus preços, apesar do expressivo aumento dos custos de produção nos últimos anos”, disse o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini. No ano passado, o aumento autorizado também ficou abaixo da inflação, de 4,76%, frente a um IPCA de 6,29% em 2016.
Segundo a entidade, cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro devem ser atingidos pelo reajuste.