O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu suspender a implementação do novo ensino médio e as mudanças do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) previstas para 2024.
A suspensão ocorrerá durante a realização da consulta pública sobre o tema, iniciada em março e com duração de 90 dias, como resposta às críticas crescentes de educadores e estudantes em relação às mudanças propostas.
O ministro da Educação, Camilo Santana, defende ajustes no modelo, em vez de sua revogação total. A portaria que suspende os prazos tem anuência da equipe próxima ao presidente Lula.
A reforma do ensino médio foi aprovada em 2017 e prevê 60% da carga horária comum a todos os estudantes e 40% destinados a disciplinas optativas dentro de grandes áreas do conhecimento.
A implementação do novo formato tem registrado problemas, com alunos reclamando de perda de tempo de aula e deficiência na oferta de itinerários formativos.
A revogação total não agrada os secretários estaduais de Educação, que argumentam ter realizado trabalho importante para estruturar o novo modelo.
A suspensão dos prazos é vista pelo governo como uma forma de evitar desgaste e impacto negativo à imagem do presidente.