De acordo com as imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, sete dos nove militares identificados como envolvidos na invasão atuavam na segurança do presidente Jair Bolsonaro em viagens presidenciais.
O capitão José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores, acompanhou Bolsonaro na viagem de lançamento de campanha eleitoral em Juiz de Fora em agosto de 2021 e viajou à Rússia com o ex-presidente em fevereiro de 2022.
O general Carlos Feitosa Rodrigues, responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão golpista, também estava na comitiva que foi a Moscou. As informações foram obtidas pelo Portal da Transparência, que registra as viagens de funcionários públicos a serviço.
O ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, disse em depoimento à PF ter dado ao coronel Wanderli a ordem para prender os invasores, mas foi demitido após as imagens sugerirem que ele não repreendeu os vândalos golpistas como deveria.
Outros militares envolvidos na invasão, Alexandre Santos de Amorim, André Luiz Garcia Furtado, Alex Marcos Barbosa Santos, Laércio da Costa Júnior, André Furtado, e Alex Marcos Barbosa, também serviram como seguranças em viagens de Bolsonaro.
José Eduardo Natale de Paula Pereira abriu a primeira porta por onde os invasores escoltados por GDias vão sair do 3º andar, onde fica o gabinete de Lula. Atrás dele, Alex Marcos Barbosa Santos e Marcus Vinicius Braz de Camargo indicam a segunda porta pela qual os invasores precisam passar para sair do Planalto. Wanderli Baptista da Silva Júnior também está no local, falando no celular.
Natale também conversa com os golpistas ao lado do relógio Balthazar Martinot, uma obra do século 17 trazida ao Brasil por dom João VI em 1808 e quebrada pelos invasores.