3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Inflação no Brasil está entre as mais altas do mundo segundo a OCDE

Alimentos e energia foram reportados pela organização como setores de contribuição para a escalada dos preços.

Inflação no País só perde pata Turquia e a Argentina

O Brasil está perto do topo do ranking dos países que puxam a fila da inflação mundial, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (5) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Na lista de 19 países mais a União Europeia que compõe o G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), somente Turquia, Argentina e Rússia têm inflação acima da brasileira no acumulado em 12 meses até maio deste ano, embora os ocupantes do pódio ostentem taxas muito superiores à nacional.

Enquanto a alta de preços no Brasil alcançou 11,7% no período, a da Turquia disparou 73,5%. As taxas na Argentina e na Rússia atingiram 60,7% e 17,1%, respectivamente.

Considerando todo o grupo do G20, a inflação acumulada no período é de 8,8%.

No relatório ampliado da inflação dos 38 países que fazem parte da OCDE, o índice de preços ao consumidor subiu para 9,6% em maio, em comparação com 9,2% em abril. Isso representa a maior inflação nesse grupo desde agosto de 1988.

Além de incluir parte das principais potências econômicas globais, a OCDE tem entre seus membros países como Bélgica, Chile, Colômbia, Costa Rica e Dinamarca. O Brasil não está na organização.

Alimentos e energia foram reportados pela organização como setores com relevante contribuição para a escalada dos preços.

Na área coberta pela OCDE, a inflação dos alimentos atingiu 12,6% em maio, contra 11,5% de abril. No caso da energia, a disparada acumulada no custo atingiu 35,4%, também em maio, acima dos 32,9% em abril.

Economistas e analistas de mercado apontam dois grandes motivos para a disparada mundial dos preços. O primeiro está relacionado aos gargalos no escoamento de bens e insumos provocados pelas interrupções de atividades devido às políticas sanitárias de controle das infecções pelo coronavírus.

Essas paralisações foram acompanhadas de estímulos econômicos, criados com injeções de recursos no mercado financeiro através de compras de ativos e reduções de taxas de juros, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa.