20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Esportes

Jogadores decidem disputar Copa América após saída do presidente da CBF

Manifesto contrário ao evento no Brasil será divulgado após jogo de amanhã, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo

Jogadores da seleção brasileira e a comissão técnica decidiram que irão jogar a Copa América no Brasil, com início em 13 de junho. A possibilidade de boicote chegou a ser ventilada quando Rogério Caboclo ainda era o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

O dirigente foi afastado do cargo por 30 dias após ser acusado de assédio sexual por sua secretária na entidade. O grupo, no entanto, ainda divulgará um manifesto contrário a realização do evento no país devido ao recrudescimento pandemia de Covid-19.

A ideia inicial era de publicar o texto após o jogo das Eliminatórias contra o Paraguai, nesta terça (8), mas ainda não há um consenso. Há quem defenda na delegação tornar o documento público antes da partida, ainda nesta segunda (7).

Desde o anúncio da Conmebol de que a Copa América seria disputada no Brasil, depois de ter sido rejeitada pela Argentina e a Colômbia, os jogadores se rebelaram.

Na sexta (4), o capitão Casemiro afirmou que a posição do elenco e da comissão técnica sobre o evento era unânime e de conhecimento público, deixando subentendido que o grupo é contrário à realização do torneio.

Ele disse que os jogadores e a comissão técnica tornariam pública a posição sobre o torneio nesta terça. Foi Tite quem deu apoio às decisões do elenco, mas pediu que só se posicionasse depois da partida contra o Paraguai.

Na noite daquela sexta, Caboclo teria ido ao vestiário e deixado a situação ainda mais complicada. Mais cedo, o GE publicou que uma funcionária da CBF fez denúncias contra o cartola. Ela o acusa de assédio moral e sexual, e os relatos foram feitos à Comissão de Ética e Diretoria de Governança e Conformidade da instituição.