Líderes aliados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mantêm a expectativa de votar e aprovar, nesta quarta-feira (26), a urgência do Projeto de Lei das Fake News, apesar da pressão da oposição e de plataformas que defendem a criação de uma comissão especial para discutir mais profundamente o texto.
A urgência é um requerimento utilizado para acelerar a votação de uma proposta, permitindo que o projeto seja levado diretamente ao plenário, sem passar pelas comissões, ainda nesta semana.
O relator, Orlando Silva (PC do B-SP), concorda com o posicionamento de que não há risco de adiamento da votação, apesar da crise que resultou na demissão do general Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional e da possível criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Os líderes e deputados de partidos do centrão, centro-direita e base do governo concordam, reservadamente, com o calendário estabelecido por Lira na última quarta-feira (19), que inclui a possibilidade de votar o mérito do projeto nesta semana.
No entanto, a oposição espera aproveitar o cenário político conturbado para adiar a votação da urgência, como ocorreu em abril do ano passado, quando um requerimento para acelerar a apreciação do texto foi derrotado por oito votos, recebendo 249 votos a favor, mas necessitando de 257.