8 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Líderes de países violentos, como Síria e Sudão do Sul, seguem convidados para posse

Síria, Sudão do Sul, Eritreia, Coreia do Norte e Turcomenistão estarão na festa da Democracia

Uma desnecessária novela de desencontros, em que partes negavam as afirmações da outra, os governos da Venezuela e Cuba tiveram seus convites, para a posse de Jair Bolsonaro  em 1º de janeiro, cancelados pelo Ministro das Relações Exteriores.

O próprio presidente eleito reforçou a iniciativa, “defendendo e respeitando verdadeiramente a democracia”:

Venezuela e Cuba estão fora, mas estas por terem a “ideologia de esquerda”. Os regimes ditatoriais de direita, que lideram o ranking de ausência de liberdade divulgado pela organização americana Freedom House, por outro lado, seguem presentes na festa da democracia.

Omar al-Bashir, ditador do Sudão do Sul, chegou a ser proibido de sair do país pelos crimes cometidos

Para sua posse na Presidência, Jair Bolsonaro manteve o convite para representantes de ditaduras como Síria, Sudão do Sul, Eritreia, Coreia do Norte e Turcomenistão.

O Ministério das Relações Exteriores informou que não recebeu do futuro governo qualquer outro pedido para cancelamento de convite para a posse. Segundo o Itamaraty, foram chamados representantes de todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas.

A lista inclui as doze ditaduras destacadas pela Freedom House. Cuba e Venezuela não estão entre os piores da lista. Os países são classificados como livres, parcialmente livres e não livres.

A avaliação máxima, a nota 100, foi dada a nações como Noruega, Suécia e Finlândia. Também citados entre os livres, os Estados Unidos receberam 86 pontos; Portugal ficou com 97; o Brasil, com 78.

Síria, o menos democrático da lista, teve nota negativa, -1; o Sudão ficou com 2 pontos; Eritreia e Coreia do Norte, 3; Turcomenistão, 4. A República Centro-Africana e a Líbia, que fecham a lista dos doze piores, ficaram com 9 pontos. Cuba recebeu nota 14, a mesma da China; a Venezuela, 26. O levantamento da Freedom House leva em conta 195 países – 49, 25% do total, foram considerados não livres.