8 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Lira agora diz “analisar” os 100 pedidos de impeachment contra Bolsonaro

No início do mês, presidente da Câmara dizia que “não há Impeachment sem votos no Plenário, mobilização de rua ou circunstâncias externas”

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Casa estão sendo analisados.

“Vamos nos posicionar muito em breve sobre grande parte deles”, afirmou. Segundo ele, apesar do momento de dor causado pela pandemia da covid-19, “temos a obrigação de trabalhar uma estrutura para trabalharmos a viabilidade no Brasil apto a se recompor rapidamente no cenário econômico”.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã de quarta-feira, Lira reforçou o discurso que vem adotando de que a discussão sobre impeachment contra o presidente deve ser com “muita responsabilidade”. Segundo ele, não é o presidente da Câmara que estrutura o impeachment, mas a conjuntura política e nacional de um país.

“Quando [o presidente] perde a capacidade política, perde a capacidade de gestão econômica, cria no Brasil uma condição de desemprego absurda, cria uma condição de inflação incontrolável”, afirmou o deputado. Lira, então, ponderou que não enxerga essa situação atualmente no país.

Pedidos de impeachment

O discurso, desta vez, ou outro. Há um mês, o destino dos mais de 110 pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro seria o mesmo dado pelo seu antecessor, Rodrigo Maia: a gaveta da presidência do Congresso. Ao menos, foi o que deu a entender o deputado alagoano em 3 de maio.

“Eu sou discípulo do Maia com relação a isso [pedidos de Impeachment]. O presidente da Câmara tem que ter um papel de neutralidade. Não posso pautar um pedido e achar que ele preenche os requisitos necessários para, depois, no Plenário, não ter votos, não ter mobilização de rua ou circunstâncias externas que mobilizem”. Arthur Lira, presidente do Congresso.