O presidente Lula (PT) está insatisfeito com a comunicação do governo federal devido à falta de visibilidade das ações governamentais nas redes sociais.
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Atos Golpistas, criada no Congresso, está sendo vista como o ponto de virada para o governo. Para estrategistas, é a hora ideal para aliados tomarem a dianteira nas redes.
Em reuniões, Lula tem cobrado do ministro Paulo Pimenta da Secom (Secretaria de Comunicação Social) e lideranças do PT uma melhoria na visibilidade digital das conquistas do governo.
Lula acredita que as ações do governo não estão ganhando repercussão suficiente e que somente os bolsonaristas estão sendo atingidos. Durante a comemoração dos 100 dias do governo, Lula esperava um maior engajamento positivo nas redes sociais, mas ficou insatisfeito com o resultado.
Aliados afirmam que é preciso um “engajamento bolsonarista” mais moderno e eficaz para se comunicar digitalmente, sem recorrer à agressividade dos partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para ser justo, algumas crises foram criadas pelo próprio governo, caso de medidas anunciadas antes de terem sido combinadas com a Casa Civil, ou pela primeira-dama Janja da Silva, como no caso da taxação do e-commerce ou dos móveis comprados para o Palácio do Alvorada.
Apesar disso, aliados do presidente culpam esse cenário pelo aparelhamento da Secom pelo bolsonarismo, domínio da direita e extrema direita nas redes sociais e uso de técnicas ilegais aplicadas pelo gabinete do ódio, que abusa das fake news.