Os sigilos de 100 anos impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já estão caindo graças ao governo do presidente Lula (PT. O primeiro deles é o das visitas recebidas pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada. A relação foi obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a reportagem, Michelle recebeu 565 visitantes entre 2021 e 2022. Na lista, há pastor, cabeleireira, personal stylist, entre outros.
A visita mais assídua nesse período foi Nídia Limeira de Sá, diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação, que a esteve na residência oficial da Presidência da República 51 vezes.
A exoneração de Nídia ainda não consta no Diário Oficial da União e o último registro com seu nome é de 12 de dezembro do ano passado, quando Bolsonaro concedeu a ela a Ordem Nacional do Mérito Educativo.
Nas redes sociais, a diretora tem fotos com a ex-primeira dama e com a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
Outros visitantes frequentes de Michelle foram Claudir Machado (pastor da Igreja Batista Atitude em Brasília) por 31 vezes, Juliene Cunha (cabeleireira) 24 vezes e Cynara Boechat (estilista) por 5 vezes.
Cidadãos pediram a informação sobre quem Michelle estava recebendo com base na LAI (Lei de Acesso à Informação), mas a solicitação foi negada, sob a alegação de serem dados pessoais protegidos.
Sigilos
Lula assinou um decreto em 1º de janeiro pedindo a revisão dos sigilos de Bolsonaro pela CGU (Controladoria-Geral da União). No caso dos visitantes da ex-primeira dama, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) tomou a iniciativa e liberou os documentos antes da Controladoria terminar a análise.