Jair Bolsonaro corre contra o tempo. Ele precisa ser rápido para conseguir 491 mil assinaturas e viabilizar seu novo partido, Aliança pelo Brasil, para as eleições municipais de 2020. Mas o que não deve faltar é apoio, até mesmo religioso.
Líderes evangélicos, como o bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil, e o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, prometeram mobilizar fiéis pelo país para alcançar a meta.
Curiosamente, um dos principais pastores aliados de Bolsonaro, Silas Malafaia, em entrevista à Folha, se mostrou completamente contrário a ideia:
“Eu sou tremendamente contra qualquer tentativa de instrumentalizar a igreja para partidos políticos”. Silas Malafaia, presidente do Conselho de Pastores do Brasil.
Líder do ministério Vitória em Cristo e presidente do Conselho de Pastores do Brasil, apoiou Bolsonaro desde o primeiro momento da campanha. Mas não para a criação do Aliança:
“Eu separo a igreja de questões políticas. Quem apoia sou eu, não a igreja. Eu é que apoio quem eu decido e quero apoiar, sem interesse, com base naquilo que acredito. Acho que esse não é um papel para a igreja, que não pode ser instrumento político de ninguém no que tange a partido”. Silas Malafaia.
Para Malafaia, não se deve confundir engajamento pessoal com alinhamento da igreja a partidos. E partiu para ofensiva ao se referir aos religiosos que embarcaram na ideia.
“Ficam aí uns puxa-sacos, querendo fazer graça para ganhar cartaz, gente que quer aparecer na mídia, então tem que arrumar uns negócios para aparecer”. Silas Malafaia