O presidente Jair Bolsonaro resolveu atacar a Ancine (Agência Nacional do Cinema) por supostamente ter um filtro ideológico. Curiosamente, a mesma autorizou o documentário “Nem Tudo se Desfaz”, do diretor Josias Teófilo, a captar R$ 530,1 mil.
“Como vinte centavos iniciaram uma revolução conservadora”, diz o pôster do filme, em referência às manifestações de 2013. Com apoio da atual gestão do governo federal, a obra em questão já foi divulgada nas redes sociais do filho mais novo do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Vem aí o documentário para impedir que a esquerda siga com a hegemonia cultural dizendo para o mundo o que é verdade no Brasil, pois sabemos que não é. @josiasteofilo @nemtudosedesfaz pic.twitter.com/o2zQkUgZJy
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) 16 de julho de 2019
Outra proximidade do filme com a família Bolsonaro é que Teófilo é o mesmo diretor de um documentário sobre Olavo de Carvalho, ideólogo do clã. O cineasta afirma que o novo filme não é “sobre Bolsonaro, nem pró-Bolsonaro”.
“Apesar de achar que as pessoas de direita vão gostar porque não vem com essas palhaçadas de dizer que foi golpe parlamentar, ignorando milhões de pessoas que foram às ruas protestar”. Josias Teófilo, diretor.
O critério da “ideologia” presidencial realmente é peculiar.