Eles não chegaram a ir às vias de fato, mas o que disseram um do outro nos bastidores da última campanha eleitoral não há bons ouvidos que comporte.
Um partido político os levou a uma desunião.
Eleitos, mais uma vez, ambos demonstraram que estão além dos caciques políticos, resguardadas as devidas proporções e a natureza dos cargos que ocupam.
Eles são estrelas e mandam. Mandam muito. Mas, claro, cada um no seu quadrado.
Faz tempo que a política alagoana não vê no parlamento dois personagens com tanto poder e influências como o deputado estadual Marcelo Victor (MDB), presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, e Arthur Lira, também reeleito presidente da Câmara dos Deputados.
A capacidade de articulação e envolvimento no processo do poder dos dois parlamentares é tamanha, que Victor foi eleito presidente da Assembleia por unanimidade.
Nunca antes na história do legislativo alagoano se viu um fato assim. Uma casa sem oposição?
E na Câmara, em Brasília, Arthur Lira ficou no quase nas altas ondas do poder. Isto é, venceu com tanta folga e com apoio de petistas e bolsonaristas, quase por unanimidade.
Dos 513 parlamentares votantes na Câmara, o federal alagoano teve 464 votos. A maior votação de um presidente reeleito em plenário.
Pragmáticos, Lira e Victor praticamente atuam no mesmo modus operandi. Conhecem, talvez mais que ninguém, o caminho das pedras para uma eleição. Claro que não só eles.
Mas, tudo isso prova que a política hoje não é mesmo para amadores.
E assim cabe a pergunta: Seria essa a nova política sem oposição?