20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Mercado financeiro reage positivamente ao novo arcabouço fiscal do governo

Febraban destaca como passo importante e meritório o trabalho realizado em função da economia do País

Tebet e Haddad lançam o novo arcabouço fiscal do governo

O mercado financeiro reagiu positivamente a proposta do novo arcabouço fiscal apre4sentada pelo governo Lula, nesta quinta-feira, 30. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, apresentaram as linhas gerais da nova regra fiscal.

O texto do projeto de lei complementar será encaminhado ao Congresso Nacional, após ser finalizado pela equipe econômica até a Páscoa. O chefe da Fazenda garantiu que a proposta vai “recuperar a credibilidade” do governo na gestão das contas públicas, enquanto a ex-senadora garantiu que o conjunto de regras “é crível”.

A partir do lançamento das propostas iniciais, o mercado comemorou a iniciativa, em Brasília. O Índice Bovespa (IBovespa), principal da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou em alta pelo quinto pregão consecutivo, com ganhos de 1,46%, aos 103.304 pontos, diante da expectativa de que a nova âncora fiscal vai ter algum mecanismo que limite o aumento desenfreado de gastos públicos.

Já o dólar comercial, por sua vez, apresentou queda de 0,73%, cotado a R$ 5,09, assim como os juros futuros, que também recuaram.

O arcabouço prevê que o rombo fiscal seja zerado em 2024 e que as contas voltem ao azul a partir de 2025. Por enquanto, o Banco Central adotará uma vigilância maior e uma política monetária mais dura até o governo dar sinais claros de que está fazendo a parte dele do lado fiscal.

A iniciativa do governo também encontrou respaldo na Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O presidente da entidade, Isaac Sidney, afirmou que o setor bancário considerou positivo o conjunto de medidas anunciadas pela equipe econômica sobre as premissas do novo arcabouço fiscal.

“Trata-se de um passo importante e meritório, pois procura combinar as prioridades sociais do país com o necessário controle da expansão dos gastos públicos”, destacou.