Jornalistas livres são perigosos para quem tem o poder.
São eles que revelam falcatruas, injustiças, desmandos e abrem os olhos da sociedade para as mazelas perpetuadas pelos carcarás sanguinários.
Não é à toa que regimes autoritários e corruptos perseguem a categoria.
A notícia do fim de semana é que Paulo Henrique Amorim foi afastado do Domingo Espetacular, da Record.
Antes, porém, o tal “Véio da Havan” pediu a cabeça da jornalista Rachel Shererazade a Silvio Santos, dono do SBT. Nota: o bilionário é um dos principais anunciantes da emissora.
Marco Antonio Villa foi demitido da Rádio Jovem Pan.
Em comum, os três profissionais têm a postura crítica em relação ao atual governo. Coincidência?
Considero o caso de Shererazade mais crítico, já que ela está no limbo, entre a mágoa esquerdista e o ódio da nova direita, que é burra, cega e raivosa.
Ela contribuiu com a ascensão do mal, ao ser a musa dos reacinhas. Quem se lembra de quando ela defendeu o espancamento do garoto amarrado ao poste, legitimando o discurso do “bandido bom é banido morto”?
Em Alagoas, temos centenas de Amorins, Vilas e Shererazades, que estão na luta contra uma violência desproporcional: a tentativa dos patrões de reduzir o piso salarial da categoria em 40%.
A mobilização tem alcançado uma envergadura formidável e a categoria demonstra que a união faz a força.
Se temos um pouco de liberdade, hoje, isso se deve à luta travada num passado recente.
Em tempos difíceis, quando a base de pirâmide acha bonito pagar de “opressor”, cabe à imprensa mostrar que a democracia, quando a liberdade é exercida com cidadania, é muito melhor.
Mas isso só é possível com uma imprensa livre e liberdade de expressão. Com responsabilidade, é claro.
“Responsabilidade” é exata, notada e principalmente o que faltou e tem faltado aos acima citados e aos demais “jornalistas escarlates”!
Abr
*JG
Eis o que havíamos dito, a saber:
https://gouveiacel.blogspot.com/2017/03/onde-imprensa-e-livre-e-todo-homem-e.html
Abr
*JG