O Ministério Público brasileiro ganhou sua justa autonomia, para a defesa da sociedade, na Constituição de 1988. Os constituintes brasileiros, com uma visão de justiça social e legítima defesa da cidadania, garantiram o fortalecimento da instituição.
Na concepção e na forma o MP tem esse papel. Mas, lá estão os homens e mulheres. Entre eles há sempre alguém que se lixa para o direito da cidadania. Lamentável. Perde a coletividade.
O Ministério Público em Alagoas deve uma explicação à sociedade sobre a nova marina da Barra de São Miguel, hoje cidade governada pelo ex-senador Benedito de Lira (PP-AL).
A marina foi construída pelo ex-prefeito Zezeco, enquanto estava no mandato.
A construção de uma marina envolve, obviamente, Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) criteriosos, éticos, com a máxima responsabilidade.
Só que sua excelência, o então prefeito, construiu a marina e uma casa de eventos no local, enquanto no exercício do cargo.
Ele, na condição de empresário, pode. Mas, como gestor público não pode tudo. Apesar do Instituto do Meio Ambiente (Ima) ter liberado as construções no mar da Barra de São Miguel. Um negócio com todas as evidências do tráfico de influência.
Aliás, só para ilustrar, foi exatamente nessa marina que o ator Henri Castelli esteve e um jovem “bombado” lhe quebrou o maxilar com um murro. É outro fato: um caso de polícia a ser apurado.
Mas, a surdina que se fez na cosntrução da marina do Zezeco – o ex-prefeito – é um caso que deveria ter sido questionado pelo Ministério Público Estadual, muito antes, como determina a lei maior.
No entanto, no mar salgado alagoano, o “bojador” cresceu aos olhos vistos das autoridades que lá foram comemorar- na inauguração – uma invasão além mar, mansa e “silenciosa”.
Quer dizer, essa é mais uma ação típica da elite desta terra que se considera bem acima da Constituição, que o Ministério Público, por dever de ofício, deveria defender.
Nos versos, o poeta disse que passar o Bojador seria ir além da dor.
E cabe ao MP responder: Será que tudo mesmo vale a pena, oh mar salgado?
O povo, com seu poder ilimitado, deveria questionar o Prefeito “ricão” e exigir que os órgãos “controladores incluindo o MP exerçam seu poder dever. Isso aí tem cheiro de “arrumadinho”. Pensando quando o miserável coloca uma branquinha para arrumar uns trocados, o poder da chibata desce pisando!!!!!