2 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Sikêra Jr. é processado por mulher que fez sexo com sem-teto durante surto

Apresentador afirmou que a mulher “tinha uma fantasia” de “subir no pau de sebo” e negou que ela tenha sido estuprada

A mulher que fez sexo com o sem-teto Gilvado de Souza durante um surto psicótico vai processar o apresentador Sikêra Jr. por conta de comentários depreciativos feitos por ele durante seu programa na RedeTV.

Em processo protocolado na sexta-feira (20) pelo seu advogado, ela acusa o apresentador dos crimes de injúria e difamação. O caso corre na 2ª Vara Criminal e 2º Juizado Especial Criminal de Planaltina.

No programa, Sikêra afirmou que a mulher “tinha uma fantasia” de “subir no pau de sebo” e negou que ela tenha sido estuprada por Givaldo, como Sandra e seu marido, o personal trainer Eduardo Alves, afirmam. Em tom irônico, ele afirmou que a relação com o homem em situação de rua “era amor”.

A mulher então reagiu nas redes sociais com a seguinte postagem:

“Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promíscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior”.”Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA”!

Marido

Também na sexta-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que investigou as agressões feitas de seu marido Eduardo Alves, após flagrar Givaldo tendo relações sexuais com a mulher. Ele foi indiciado por lesão corporal.

Eduardo alegou que agrediu Givaldo porque pensou que a esposa estivesse sendo estuprada. O casal alega que Sandra estava tendo um surto psicótico e não tinha condições de ter uma relação consensual com Givaldo.

Givaldo não foi indiciado por estupro de vulnerável, o que foi comemorado pela sua defesa. “Em realidade, as investigações foram concluídas, apontando o Givaldo tão somente como vítima de brutais e covardes agressões”, afirmaram em nota os advogados do homem em situação de rua.