28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Blog

O perigo mortal dos celulares no carregador, segundo a Abracopel

Por Wagner Melo, jornalista

Atos que parecem banais escondem um perigo que pode ser mortal. Usar o celular enquanto ele carrega na tomada é um deles. Quem faz o alerta é a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) que realiza um levantamento de mortes que ocorreram nesta circunstância.

E, pasmem! Os números só crescem. A entidade registrou um caso em 2015 no Distrito Federal, com a morte de uma adolescente de 11 anos e outro em 2016, na Paraíba, com um adolescente de 12 anos. Em 2017, a morte por choque elétrico ao manusear o celular fez duas vítimas: no Ceará, uma mulher de 28 anos morreu, ao colocar o carregador de celular em uma extensão e, no Piauí, um bebê de 6 meses faleceu ao colocar o carregador de celular na boca.

Em 2018, a Abracopel, que reúne os dados conforme pesquisa no noticiário já anotou nove casos. Em junho, foram dois até agora: na cidade de Tianguá-CE, um adolescente de 16 anos morreu ao atender o celular que estava carregando no computador da escola. E em Taubaté-SP, um jovem de 22 anos morreu enquanto jogava no celular que estava carregando na tomada.

O engenheiro Edson Marinho, diretor executivo da Abracopel, alerta que, apesar dos carregadores, em princípio, não serem dispositivos que ofereçam riscos, o número cada vez mais frequente de acidentes envolvendo este equipamento tem levado a instituição a investigar as causas e origens. A pirataria pode ampliar os riscos.

“Estamos verificando que carregadores, principalmente os de baixa qualidade (conhecidos como piratas), têm configurações bem mais simples e, portanto, com menos sistemas de segurança e, então, podem ser causadores de acidentes de origem elétrica”, afirma.

Segundo Edson, “os principais problemas ainda estão nas instalações elétricas antigas e malcuidadas. É necessário que seja realizada uma verificação completa dessas instalações com a devida adequação, realizada sempre por um profissional qualificado”, avisa.

Em resumo, a prevenção ainda é o melhor caminho para salvar vidas.