A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República usou um lema associado ao nazismo —”o trabalho liberta”— para divulgar as ações que o governo federal vem tomando para conter o avanço do novo coronavírus no País.
Parte da imprensa insiste em virar as costas aos fatos, ao Brasil e aos brasileiros. Mas o @govbr, por determinação de seu chefe, seguirá trabalhando para SALVAR VIDAS e preservar o emprego e a dignidade dos brasileiros. O trabalho, a união e a verdade libertarão o Brasil. pic.twitter.com/Pwhi2jrAKc
— SecomVc (@secomvc) May 10, 2020
Entretant, também no Twitter, o chefe da Secom, Fabio Wajngarten, criticou a má interpretação do texto divulgado pelo governo.
É impressionante: toda medida do governo é deformada para se encaixar em narrativas. Na campanha, faziam suásticas fakes; agora, se utilizam de analfabetismo funcional para interpretar errado um texto e associar o governo ao nazismo, sendo que eu, chefe da Secom, sou judeu! pic.twitter.com/Q2GiWc5LKD
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) May 10, 2020
A frase “O trabalho liberta” (“Arbeit macht frei”, em alemão) ficou conhecida por estampar as entradas de diversos campos de concentração do regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Em Auschwitz (foto), por exemplo, a inscrição foi feita no portão por prisioneiros com habilidades metalúrgicas.