A Comissão Especial de Acompanhamento do Caso Pinheiro da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Alagoas (CAU) pretendem realizar vistorias técnicas nos imóveis que ainda não foram inseridos no Programa de Compensação Financeira da Braskem.
Os órgãos estudam a assinatura de um Termo de Parceria que também contemplaria a reavaliação mercadológica de imóveis desvalorizados pelo afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, a fim de contrapor as informações trazidas pela Defesa Civil.
Em reunião na tarde desta segunda-feira (11), na sede da OAB, a comissão e o CAU trataram da perda valorativa dos moradores prejudicados.
“Estamos avaliando a possibilidade de firmar um Termo de Parceria entre a OAB e o CAU para viabilizar a análise técnica de todos os imóveis que ainda não entraram no programa de compensação financeira, sob a alegação da Defesa Civil de que as rachaduras não seriam provenientes da mineração realizada pela Braskem, ou que estão desvalorizados por estar vizinhos de escombros e ruínas. O CAU faria essa análise técnica”. Carlos Roberto Lima, presidente da Comissão Especial de Acompanhamento do Caso Pinheiro.
O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Alagoas (CAU), Norlan Dowell, explica que o órgão quer montar uma equipe para atender à população afetada:
“Vamos tentar formar um time de cooperação, com a disponibilização de profissionais para elaboração de perícias referentes às patologias que essas casas e comércios vêm apresentando”.
De acordo com a proposta, o Conselho de Arquitetura também reavaliaria os imóveis de moradores que já estão passando pelo processo de avaliação e compensação financeira, mas que têm demonstrado descontentamento com os valores propostos pela empresa.
“Vamos fornecer profissionais que façam avaliações técnicas e mercadológicas para contrapor os valores que a Braskem está, de alguma forma, oferecendo nas negociações desses imóveis”.