Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil do Governo Bolsonaro, afirmou que a reforma da Previdência poderá ser aprovada em junho pelo Congresso Nacional “se tudo correr bem”.
Em um evento do banco BTG Pactual, ele admitiu a necessidade de negociação com os parlamentares, mas disse que a economia de R$ 1 trilhão em dez anos é inegociável.
Em seu discurso, Onyx disse que a economia da atual proposta apresentada pelo governo era de quase R$ 1,4 bilhão em dez anos e que havia condições de se falar em “R$ 4 trilhões de economia em 20 anos”. Na apresentação da reforma, porém, a economia prevista anunciada foi de R$ 1,072 trilhão.
Em relação à negociação de cargos e emendas com os parlamentares, Onyx diz que “estão conversando” e que o Planalto sabe que “não recebeu uma folha em branco” e que a decisão caberá ao Legislativo.
Militares
As mudanças para militares que forem incluídas na reforma da Previdência estão sendo sugeridas diretamente pelos próprios militares à equipe econômica do governo Bolsonaro. O general de divisão Eduardo Garrido, assessor especial do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, é o responsável por fazer essa ligação.
Cabe a Garrido repassar à equipe econômica todos as solicitações dos militares no debate sobre as mudanças nas regras da inatividade. Ele também é responsável por apresentações para os comandantes das Forças Armadas.
O deputado federal Paulão disse, nesta terça-feira (26), que o governo precisa mandar logo para o Congresso a proposta de previdência dos militares e não apenas o pacote que penaliza o trabalhador em geral, os servidores públicos e a aposentadoria do homem e da mulher do campo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já adiantou que não votará a reforma antes da chegada da proposta para os militares.