7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
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Orçamento de Maceió: vai sobrar dinheiro para escolas e creches?

Orçamento previsto para 2019 é de mais de dois bilhões e meio

A audiência pública para discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de Maceió, exercício 2019, que, em junho, havia sido remarcada para esta quarta-feira (2), só deve acontecer na próxima semana.

Conforme a Assessoria de Comunicação da Câmara, a nova data deve ser divulgada, em breve. O novo adiamento ocorreu porque o plenário da sede nova, onde a Casa passou a funcionar, a partir desta quarta-feira, ainda não ficou pronto.

Enquanto não é anunciada a nova data e local dessa audiência pública, que vai discutir a fixação das receitas e das despesas para 2019, a expectativa é grande, sobretudo, na área da criança e do adolescente. Afinal, será que o orçamento previsto, mais de 2 bilhões e meio (2.572.521.648), vai contemplar  novas escolas de ensino fundamental e creches?

Ano passado, segundo a promotora de Justiça Alexandra Beurlen, do Ministério Público de Alagoas, que está atenta a essa movimentação da Câmara, mais de 70 mil crianças estavam fora da sala de aula, em Maceió.

Este ano, onde estão essas crianças? Quantas foram matriculadas e quantas ainda  precisam de atenção dos vereadores de Maceió, na distribuição do bolo do orçamento,  para que, enfim, tenham seu direito à educação garantido, em 2019?

“Lutaremos, sobretudo, pelas creches. É nessa faixa que está a maior parte das crianças. Também pretendemos discutir, em outro momento, o uso das emendas parlamentares que são de execução obrigatória, nesse mesmo sentido”, afirmou Alexandra, quando questionada sobre a participação do Ministério Público nessa esperada audiência pública.

Às voltas, há vários anos, com a realidade do sistema socioeducativo alagoano, a representante do MPE/Alagoas sabe bem o quanto é fundamental garantir o acesso à Educação, desde os níveis mais básicos.

De fato, muitos adolescentes em conflito com a lei, que aparecem hoje nas estatísticas do ato infracional, em Alagoas, foram crianças “invisíveis” para o poder público e para a sociedade.