18 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Partidos de oposição não querem aliança com o PT

PSB, PDT e PC do B querem “um outro modelo de oposição que seja construtivo para o Brasil’

Parte da oposição do futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL) se reuniu nesta terça-feira (30). Os líderes de PSB, PDT e PC do B discutiram a atuação na Câmara sem o PT.” O líder do PDT, André Figueiredo (CE), já afirmou: “não seremos um puxadinho do PT”.

“Em momentos de embates aqui nós provavelmente estaremos juntos, mas o que nós não podemos aceitar de forma alguma é o hegemonismo que o partido quer impor.” disse Figueiredo, afirmando ainda respeitar o partido, extremamento queimado após anos de críticas e prisões.

A posição do candidato do partido nas eleições foi mais forte. Terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT) afirmou, em entrevista à Folha, que foi “miseravelmente traído” pelo ex-presidente Lula e seus “asseclas”. “Não declarei voto ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT”, disse.

Com a maior bancada da Casa, o PT tem pretensões de liderar a oposição ao governo Bolsonaro, mas a posição causa desconforto em outros partidos da oposição. Uma nova reunião está marcada para a quarta-feira (31), também no Congresso. Na primeira, participaram, além de Figueiredo, Orlando Silva (PC do B-SP), e Tadeu Alencar (PSB-PE). O PSOL também estaria de fora desta reunião.

Votos

Juntos, os três partidos têm 69 deputados. De acordo com o líder do PDT, o bloco não deve “obstruir por obstruir”. “Podemos até obstruir alguns projetos que não tenham nenhuma condição de serem discutidos, mas onde pudermos discutir vamos discutir”, disse.

Para se aprovar um projeto, é necessário maioria simples, mas para uma emenda constitucional, caso da Reforma da Previdência, é preciso apenas 171 deputados para que seja barrada. O Governo Bolsonaro precisaria de 31 votos da oposição.