A fila de mais de 1,4 milhão de segurados do INSS na perícia é, segundo o deputado federal Paulão (PT-AL), um desrespeito e um abuso do governo Jair Bolsonaro contra os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.
Disse ele que dados do próprio Ministério do Trabalho revelaram o drama das pessoas que buscam a aposentadoria, devido as constantes Medidas Provisórias do governo, as quais cortam pagamentos de auxílios que foram conquistados inclusive com medidas judiciais.
“Depois da maldita reforma da previdência, o que se vê hoje é um completo descaso desse desgoverno com as pessoas que buscam a aposentadoria. Esse é sem dúvidas o governo que persegue servidores públicos e trablhadores de um modo geral”, disse Paulão.
O deputado lembrou que nos governos do Partido dos Trabalhadores as pessoas que buscavam a aposentadoria chegavam nas agências do INSS e em 30 minutos a situação era resolvida. “Agora as pessoas ingressam com a solicitação para se aposentar e após 3 meses é que são chamados para a fila dentro de uma agência. A partir daí passam a enfrentar uma peregrinação estúpida, para ao final ainda receberem um não”, destacou.
Esse drama, ainda segundo Paulão, tende a se agravar por que recentemente uma grande leva de trabalhadores perderam benefícios legítimos e entraram na fila para recuperar seus direitos.
“Isso porque, no último dia 20, o governo editou a edição da Medida Provisória (MP) nº 1113, que autoriza mais uma operação pente-fino em todas as aposentadorias e benefícios pagos após perícia médica, independentemente da época em que foram concedidos. É a perseguição clara e cristalina contra os aposentados, uma gente simples que, em sua maioria, recebe apenas R$ R$ 1.413,00″, acrescentou Paulão.
Destacou ainda que além da perseguição as pessoas que querem se aposentar, o governo ainda maltrata os servidores da previdência, promovendo o sucateamento das agências e piorando as condições de trabalho do pessoal. “É uma ação deliberada e criminosa desse governo contra o servidor público, contra aposentados e todos aqueles que pretendem se aposentar”, concluiu o deputado.