O projeto da reforma aprovado na Comissão Especial privilegia os ricos e ataca os pobres, segundo disse nesta quinta-feira, 04, o deputado federal Paulão (PT), ao apontar prejuízos para os mais pobres.
Segundo ele, a reforma impõe uma aposentadoria aos 60 anos para homens e mulheres da zona rural e ao mesmo tempo isenta do pagamento do INSS as operações do agronegócios. “Ou seja, prejudica o agricultor familiar e privilegia os grandes fazendeiros”, disse o deputado depois que a bancada ruralista derrubou o desconto do INSS no relatório aprovado ontem.
Ele destacou ainda que o governo fez questão de privilegiar as Forças Armadas no projeto votado e, no entanto, retirou as garantias de que policiais militares e bombeiros tivessem o mesmo privilégio.
Para Paulão, o que se quer, na verdade, é entregar o caixa ou a arrecadação da previdência para os bancos privados que fazem a especulação do capital financeiro. “Para isso, eles têm o gerente Paulo Guedes que é um agente desse mercado e já foi denunciado por fraudes praticadas em fundos de pensão”, destacou.
Ainda de acordo com o deputado, outra categoria prejudicada, além do trabalhador comum da iniciativa privada, são os servidores públicos. Disse que o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, se aposentou aos 33 anos de idade e agora traz uma tabela de aposentadoria por idade, completamente nociva ao trabalhador brasileiro.
Idade para aposentar
65 anos para homens do setor público e privado;
62 anos para mulheres do setor público e privado;
60 anos para professores homens;
57 anos para professoras mulheres;