As coisas andam pra lá de tronchas no País e não é de agora. Faz é tempo que o estado de locupletação vem ganhando corpo em todas as searas e poderes da República combalida do Brasil.
Imagine que a despeito de todo o discurso contra a corrupção e de que os gestores passados quebraram a Petrobrás, a bandalheira continuou dentro da estatal depois do impeachment, sem que o Ministério Público Federal ou qualquer outra instância fiscalizadora se arvorasse no direito de investigar.
Um dos casos é emblemático e assombroso. Imagine que o ex-presidente da Petrobrás, Pedro Parente, o mesmo que implantou a política de reajuste diário dos combustíveis, tratou de emprestar da “quebrada” Petrobras insignificantes R$ 2 bilhões ao banco americano JP Morgan.
O JP Morgan atua no Brasil há 50 anos.
Acontece que Pedro Parente foi denunciado na mídia em maio deste ano, logo após autorizar o empréstimo, de ser sócio do presidente do JP Morgan, no Brasil, José Berenguer.
O caso remete a algo como a raposa tomando conta do galinheiro.
Parente ficou calado, o governo Temer idem e as instituições fiscalizadoras fizeram ouvidos moucos.
Aliás, se a confusão armada no País pelos caminhoneiros e proprietários de transportadoras não tivesse acontecido, Pedro Parente estaria no cargo até hoje. Sob pressão, diante da paralisação dos caminhoneiros, ele deixou a empresa em primeiro de junho.
E agora, somente agora, uma certa Comissão de Ética da Presidência da República diz que vai apurar o caso.
Ou seja, dar pra dormir com um barulho desses?
Só se for em berço esplêndido…