23 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Pedro parente acusado de emprestar R$ 2 bi da BR a banco do qual é sócio

Ele seria a raposa tomando conta do galinheiro, antes da greve dos caminhoneiros

As coisas andam pra lá de tronchas no País e não é de agora. Faz é tempo que o estado de locupletação vem ganhando corpo em todas as searas e poderes da República combalida do Brasil.

Imagine que a despeito de todo o discurso contra a corrupção e de que os gestores passados quebraram a Petrobrás, a bandalheira continuou dentro da estatal depois do impeachment, sem que o Ministério Público Federal ou qualquer outra instância fiscalizadora se arvorasse no direito de investigar.

Um dos casos é emblemático e assombroso. Imagine que o ex-presidente da Petrobrás, Pedro Parente, o mesmo que implantou a política de reajuste diário dos combustíveis, tratou de emprestar da “quebrada” Petrobras insignificantes R$ 2 bilhões ao banco americano JP Morgan.

O JP Morgan atua no Brasil há 50 anos.

Acontece que Pedro Parente foi denunciado na mídia em maio deste ano, logo após autorizar o empréstimo, de ser sócio do presidente do JP Morgan, no Brasil, José Berenguer.

O caso remete a algo como a raposa tomando conta do galinheiro.

Parente ficou calado, o governo Temer idem e as instituições fiscalizadoras fizeram ouvidos moucos.

Aliás, se a confusão armada no País pelos caminhoneiros e proprietários de transportadoras  não tivesse acontecido, Pedro Parente estaria no cargo até hoje. Sob pressão, diante da paralisação dos caminhoneiros, ele deixou a empresa em primeiro de junho.

E agora, somente agora, uma certa Comissão de Ética da Presidência da República diz que vai apurar o caso.

Ou seja, dar pra dormir com um barulho desses?

Só se for em berço esplêndido…