20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

PIB do Brasil cresceu 1,1% em 2019

Considerando apenas o quarto trimestre de 2019, a economia brasileira cresceu 0,5% na comparação com o terceiro trimestre do ano

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 1,1% em 2019, na comparação com o ano anterior. É o terceiro ano seguido de resultado positivo, após altas de 1,3% em 2017 e 2018. Em valores atuais, o PIB totalizou R$ 7,3 trilhão no ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE, a maior contribuição para o avanço do PIB vem do consumo das famílias, que cresceu 1,8%. A pesquisa apontou altas na agropecuária (1,3%), na indústria (0,5%) e serviços (1,3%). Em 2015, o PIB brasileiro havia 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016.

Considerando apenas o quarto trimestre de 2019, a economia brasileira cresceu 0,5% na comparação com o terceiro trimestre do ano, o nono resultado positivo consecutivo nesta comparação. Os serviços e a indústria subiram 0,6% e 0,2%, respectivamente, enquanto a agropecuária recuou 0,4%.

Quando comparado ao quarto trimestre de 2018, o PIB avançou 1,7%, no décimo segundo resultado positivo consecutivo, após onze trimestres de queda nesta base de comparação.

2020

Para este ano, economistas consultados pelo Banco Central preveem que economia do país deverá crescer 2,17%, segundo o último Boletim Focus, divulgado nesta semana. A estimativa é menor que a do início do ano, que era de crescimento do PIB de 2,3%.

O principal motivo para a redução nas projeções de economistas é o novo coronavírus, que afeta a economia de diversos países. Na China, principal parceira comercial do Brasil e onde o vírus surgiu, várias empresas estão paradas ou funcionando em ritmo menor e cidades estão em quarentena.

Economistas do Goldman Sachs reduziram nesta terça-feira (3) suas expectativas de crescimento econômico em 2020 para Brasil e México. O maior responsável é o esperado impacto do coronavírus, que forçará os bancos centrais de ambos os países a cortarem mais os juros.

Eles reduziram sua estimativa de crescimento para o Brasil em 2020 de 2,2% para 1,5%, número bem abaixo da linha politicamente sensível de 2%, e agora estimam que o banco central reduzirá a taxa básica de juros Selic em mais 0,5 ponto percentual este ano, a 3,75%.

“No Brasil, mais flexibilização monetária é apropriada, devido à falta de espaço fiscal e ao fato de que a inflação atual e esperada está abaixo da meta e as perspectivas de crescimento permanecem fracas”. Nota da Goldman Sachs.