Foram liberados, pela Polícia Civil, os áudios com Baixinho Boiadeiro e outros familiares planejando matar o deputado estadual Paulo Dantas e a prefeita de Batalha Marina Dantas. Pistoleiros de Pernambuco teriam recebido dele, e de seu primo Dênis Boiadeiro, quase R$ 300 mil reais para assassinar seus alvos.
E encomenda aconteceu no último mês de junho, com ordem para que eles fossem mortos antes das eleições de outubro. Pelo que foi possível observar em diálogos no Whatsapp, a intenção era que Paulo Dantas não se elegesse Deputado Estadual.
A pessoa contratada para executar o crime confessou o plano dos primos Boiadeiro. Os delegados responsáveis pelo caso são Fábio Costa, coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), Thiago Prado, Cayo Rodrigues e Fabrício Lima.
Os delegados apuram a suspeita do envolvimento de José Márcio Cavalcanti de Melo, o Baixinho Boiadeiro, no plano para assassinar o casal Paulo e Marina Dantas.
Condenados
Em julgamento prolongado, a Justiça alagoana nesta segunda condenou os irmãos José Márcio Cavalcanti de Melo (Baixinho Boiadeiro), José Anselmo Cavalcanti de Melo (Pretinho Boiadeiro), e Thiago Ferreira dos Santos, conhecido como Pé de Ferro, pelos crimes de duplo homicídio, em que foram vítimas Edivaldo Joaquim de Matos e Samuel Theomar Bezerra Cavalcante Júnior, e de tentativa de homicídio contra Theobaldo Cavalcante Lins Neto.
José Márcio deverá cumprir pena total de 45 anos e 10 meses de reclusão; José Anselmo Cavalcanti de Melo e Thiago Ferreira dos Santos e deverão cumprir pena de 58 anos e 4 meses de reclusão, cada um.
O julgamento foi conduzido pelo juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal de Maceió, no Fórum do Barro Duro. Após a sentença, os três tiveram a prisão decretada.
Os crimes ocorreram em maio de 2006, no município de Batalha (AL). Na época, Edvaldo e Samuel eram, respectivamente, segurança e cunhado do então prefeito de Batalha, Paulo Dantas – hoje deputado estadual.
Baixinho também é investigado pelo homicídio do vereador de Batalha Tony Pretinho e pela tentativa de assassinato a José Emílio Dantas.